Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos. 1 Crônicas 29:14
O Rei Davi, ao comentar a obrigação da Lei, segundo a qual os fieis devem trazer ofertas ao Senhor, acrescenta um questionamento bem inesperado. Sua pergunta: “Quem sou eu e quem é o meu povo para que nos seja permitido dar ao Senhor alguma coisa?” (I Crônicas 29:14)
O questionamento de Davi é inesperado porque, no contexto das práticas religiosas de seu tempo, apresentar-se para cultuar no templo sem ser acompanhado do máximo de oferendas e sacrifícios era simplesmente inadmissível! O raciocínio espiritual do rei, entretanto, é simples: “Não posso dar coisas inferiores a Quem já é dono do que há de superior”, “Não faz sentido dar minhas coisas Àquele que está pedindo a minha vida!”.
Este é, na realidade, o grande pedido que o Senhor nos faz – “dá-me, filho meu, o teu coração”. Ao grande contexto da cultura e dos ensinos bíblico, “coração” é a vida, a alma, a personalidade, os valores essenciais de uma pessoa. Ao comentar a oferta que agrada ao Senhor, o Apóstolo João nos diz que é o amor obediente. Minha obediência amorável é minha oferta essencial. E que, por isso, é a que mais me custa. É possível dar ao Senhor algo que não seja dele? É: meu coração. Meu amor. Minha obediência.
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