quinta-feira, agosto 22, 2013

A LINGUA TAMBÉM NECESSITA DE CONVERSÃO


O Senhor encara a fofoca, a murmuração e o uso da língua para destruir a sua obra de uma forma severa. Repare o que está escrito em Tito 3.10, 11: "Quanto àquele que provoca divisões, advirta-o uma primeira e uma segunda vez. Depois disso, rejeite-o. Você sabe que tal pessoa se perverteu e está em pecado; por si mesma está condenada" (NVI).

Essas palavras proferidas por Deus são fortes! Ele não aceita esse tipo de atitude expresso através das nossas palavras. Disse que a pessoa que age assim está pecando, será maldita - palavra sinônima de condenada -, e deve ser excluída da igreja.

Precisamos entender definitivamente que palavras podem destruir quando usadas da forma errada, como está escrito em Provérbios 11.9: "O hipócrita com a boca destrói o seu próximo".
O problema é que muitas pessoas se convertem, mas esquecem-se de converter a língua junto com elas. Então, continuam permitindo que as suas bocas sejam uma fonte de subversão e arraso, através de palavras falsas e maliciosas. Tiago falou sobre isso: "De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim" (Tg 3.10). Isso não é o que Deus deseja para nós, e não devemos agir dessa maneira.

O fato mais consternador é que esse tipo de comportamento entristece profundamente o Espírito Santo em nós, como está escrito em Efésios 4.29, 30: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção".
Quando eu era criança, meu pai pastoreava uma igreja no interior da Califórnia, numa cidade chamada Fresno. Havia um jovem casal na igreja que tinha o hábito de fazer críticas maldosas aos outros membros. Um dia, fizeram um comentário malicioso, de cunho racial, contra uma pessoa que estava entrando para a congregação.

Meu pai os repreendeu mas não aceitaram a correção e saíram da igreja. Sem perceber, tinham liberado julgamento com aquelas palavras e em menos de duas semanas os dois morreram em um acidente de carro. A murmuração pode ser muito perigosa! Repare a exortação do apóstolo Paulo aos Coríntios: "E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor" (1 Co 10.10).
Muitos consideram a fofoca como uma coisa inocente, e pensam que não faz mal a ninguém. Fuja desse engano. É extremamente perigoso pensar assim. Não existe fofoca inocente.
Outros a disfarçam como pedidos de oração. Encontram com alguém e dizem: "Ore por fulano, pois fiquei sabendo que..." Então, começam a falar da vida dos outros, mas com cara de santos. Quando falamos o que não devemos acabamos pecando: "Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio" (Pv 10.19).

SUAS PALAVRAS DE DESTRUIÇÃO PODEM ATINGI-LO 

Somos os principais afetados por nossas palavras de destruição. Nossas palavras influenciam até a maneira de Deus nos julgar. Jesus estava tratando disso, quando falou: "Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado" (Mt 12.36, 37). Sabendo da tremenda influência que elas têm, deveríamos ter muita cautela em falar corretamente e jamais usarmos as nossas bocas para liberar a calamidade.

Um pastor, amigo de meu pai desde antes do meu nascimento, teve uma experiência em que viu claramente o poder das palavras para trazer destruição. Ele trabalhava supervisionando igrejas no estado de Missouri, nos EUA. Quando um pastor foi convidado para assumir a liderança de uma igreja que tinha ficado sem pastor titular, dois diáconos e um pastor assistente ficaram zangados e rebelaram-se. Começaram a falar mal do novo pastor e do amigo do meu pai.
A revolta deles foi tamanha, que saíram da igreja protestando e ameaçando. A raiva de dois dos três homens cresceu a ponto de se transformar em ódio.

Um deles chegou até a declarar que queria matar o pastor, se pudesse fazê-lo sem ser preso! Dentro de pouco tempo sua vida foi arruinada, perdeu a esposa para outro homem e viu seu filho se tornar viciado em drogas.

O outro deixou o ódio dominá-lo tanto que, por mais que chegasse a reconhecer que o que tinha feito era errado, dizia: "Prefiro morrer a pedir perdão". Não demorou muito tempo e ele foi encontrado morto na sua cama. Fizeram autópsia para ver a razão da sua morte e não descobriram nada! Ele morreu sem motivo físico nenhum, ainda jovem, com apenas cinqüenta e poucos anos, porque suas palavras o destruíram.
O último dos três foi o único que teve um final feliz porque se arrependeu da sua atitude, foi até os pastores que tinha prejudicado e pediu perdão com lágrimas nos olhos. Com isso, quebrou o poder das palavras que tinha proferido e impediu que trouxessem destruição sobre si mesmo. Hoje, a bênção de Deus é grande na sua vida. Foi chamado para o ministério, está pastoreando uma igreja e levando muitas almas para o Reino de Deus.

Toda vez que você se sentir tentado a fofocar ou murmurar, repreenda o inimigo no mesmo instante. Não permita que seja criada uma brecha, através da qual Satanás possa penetrar, trazendo estrago e derrota. Lembre-se do que está escrito em Provérbios 21.23: "O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias".

Texto extraído do livro:  O Poder da Língua (Gary Haynes)

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